Meu delicioso e melancólico mundo particular.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

A Teia.

​​A mente humana é algo incrível.
Milhões de ligações e nervos e impulsos elétricos que de alguma forma mágica criam imagens, sensações, lembranças e sonhos... Tudo em um espaço de menos de 10 cm cúbicos.
A mente humana é tão incrível que nos faz questionar até que ponto a realidade é real ou se estamos fantasiando, criando algo vindo dessa eletricidade louca que nos cruza os miolos sem dó nenhuma das consequências (ou será que é só comigo?)
Eu sou a Rainha da realidade inventada, dos amores de uma semana​,​ criados só para divertir, das expectativas eufóricas por motivo nenhum, das risadas inadequadas e dos olhares criados simplesmente para encantar. Eu sou a suprema Rainha da invenção que eu crio, dentro da minha cabeça, mas algumas vezes pessoas loucas (ou simplesmente desavisadas) acabam caindo no "país das maravilhas" da teia das minhas idéias. O único problema é que assim como eu crio​,​ eu descrio, assim como eu construo​,​ eu derrubo tudo sem prévio aviso, sem sentido algum.
Como pode alguém​,​ ainda nos dias de hoje, com tanta informação trocada e tantas formas de isolamento pessoal disponíveis no mercado, achar graça em cair na teia das minhas loucuras? Será possível que estou assim tão poderosa?
Só sei que a minha primeira vítima sou sempre eu mesma. E quanto mas eu tento escapar de mim, mais eu me grudo nas minhas próprias fantasias e viro vítima indefesa das loucuras que crio.
Cuidado comigo... cuidado, seu moço. Eu não mordo, mas as feridas que eu abro são dolorosas e profundas, não é a primeira vez que vejo isso acontecer e te digo: cuidado comigo!
Eu não sou má, não faço de propósito​.​ É tudo sem querer, acredite. Eu mesma também me machuco, saio completamente destruída a cada vez.
Então tenha cuidado em dobro, cuidado contigo e cuidado comigo, nos proteja do
​m​eu veneno e dos meus olhares, nos afaste das minhas​ teias.
Na verdade​,​ eu não sei se já estamos nos envolvendo ou se estamos prestes a cair na cilada. Se já estivermos pisado em falso,​ já era. Pode dar adeus a seus planos, eu sempre vou destruir tudo e construir tudo novo só para te deixar desabar no final... E acabo me desabando junto.
Me esquece! Me expulsa! Me ignora antes que seja tarde. Eu vou bagunçar tudo na sua casa se você me deixar entrar.
Mas,​ caso eu já tenha entrado, neste específico caso, me acolha, me acomode no teu braço, alise meus cabelos e me ponha para dormir, me amanse. Me mantenha calma e por perto e,​ por favor,​ não me obrigue a nos destruir.
Mais uma madrugada produtiva, palavras sem nexo, mais realidade inventada.
​C​omo é que ​alguém me​ aguenta?
Não tenho jeito mesmo.... sempre faço tudo outra vez​.
Chega de filosofia boba por hoje.


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