Meu delicioso e melancólico mundo particular.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Platônico...

É tão estranho pensar em ti como algo tão próximo, quando sei que és, para mim, algo tão distante. Quem já se apaixonou pela lua, ou por alguma estrela no céu, vai entender do que estou falando. Vejo aquele brilho imenso, vejo reluzir, fico cega com tanta beleza, mesmo que de muito longe. Sabe quando, na noite escura, vemos uma estrela cadente e ela subitamente nos enfeitiça? Pois é isto o que sinto, mas não apenas por um vão instante, é como se fosses uma estrela cadente em câmera lenta. Te exibes para eu poder admirar.
Acho que não quero perder minha estrela brilhante e tão distante. Acho que gosto de manter-me afastada. Sabes que de longe te enxergo muito melhor, enxergo toda a grandeza que, de perto, muitos ignoram.
Não consigo evitar a vontade louca de tocar em ti, mas te confesso que não tenho intenção de te manter perto por muito tempo.
É estranho pensar que perderei o motivo para escrever minhas baboseiras platônicas. Acabei me apegando e te ver e desejar de longe, e tenho medo de não saber o que fazer quando perto estiver.
Acho que devo ser algo do tipo, também, para ti.
Prefiro estar jogada na imensidão do mundo. Na distância em que me encontro não pertenço a ninguém. Igualmente proporcional, ninguém pertence a mim. Sou do universo, sou de um todo. Sou minha. E quero que assim continue: mantenha-te longe de mim, mas perto o bastante para que eu não tire mais as minhas mãos de ti.

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