Pulei o carnaval.
Foi como um sonho.
Um dia eu estava ali,
No outro já não havia nada.
Pulei.
Pulei dias e horas.
Desapareci sem aviso.
Sumi do mundo, de tudo,
Mas apareci só para você.
Pulei.
Pulei sem dar um pulo.
Deitada no chão da sala,
No sofá, nas suas costas.
A festa era apenas para dois.
Pulei mesmo!
Pulei muito!
Enquanto pulavam carnaval
Pulamos pra outro mundo
Sem dar um pulo sequer
Sem confete ou serpentina
Nosso bloco era um abraço
E algumas pernas para o ar.
Passei os dias sem contar
Contando nunca acabar
Mas acabou
Afinal, pulei tudo
E no fim da folia
Sempre vêm as cinzas
E no fim da folia
Sempre vêm as cinzas
E a quarta da despedida
Pois o poeta já dizia
Todo carnaval tem seu fim
Pois o poeta já dizia
Todo carnaval tem seu fim
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